terça-feira, 29 de agosto de 2017

TREINO DE NATAÇÃO, O QUE SIGNIFICA A1 A2 A3....?

Na postagem anterior falei sobre o T30 e citei os termos “A1” “A2”... Alguns me escreveram solicitando mais informações, pois assim como no T30 também tinham dúvidas do que realmente significavam estes termos. Obs: as dúvidas em sua maioria não partiram dos profissionais e sim dos alunos e atletas de natação, ou seja, nós treinadores devemos estar atentos ao que falamos! Se o aluno/atleta não entende o que estamos falando, a tal padronização de nomenclaturas e termos vai por água abaixo no que diz respeito ao controle da intensidade e, por conseguinte piores resultados no treinamento.
A ideia surgiu a partir de técnicos da CBDA no intuito de padronizar a nomenclatura para unificar a linguagem nos encontros profissionais, congressos e treinamentos. O “A” representa o sistema aeróbio (ou aeróbico...rs...isso é outra discussão) e “AN” anaeróbio.
A0 seria oxidativo, intensidade baixa, utilizado no aquecimento, volta à calma (regenerativo).
A1 seria oxidativo, intensidade baixa e com objetivo de manutenção, também pode ser utilizado no aquecimento.
A2 seria oxidativo, intensidade média e com objetivo de aquisição de resistência. (alguns autores indicam esta intensidade (velocidade) como o limiar anaeróbio.
A3 seria misto (oxidativo/glicolítico), intensidade alta e com objetivo de potência aeróbia.
Analisando o supracitado dá para perceber que ainda sim podemos correr o risco de estarmos trabalhando no escuro, ou seja, voltamos a falar dos não palpáveis percentuais. Para não correr este risco, basta associar os resultados com algum teste (velocidade crítica, T400, T30 etc...), onde o tempo atingido para cada 100 metros fica próximo do A2, ou seja, o atleta saberá em qual tempo fazer.
Há também os que sugerem uma associação com valores de Fc para cada faixa, mas particularmente não sou a favor, uma vez que a resposta fisiológica da imersão promove uma redução da Fc em comparação com o ambiente terrestre e esta variação depende de uma série de fatores: temperatura da água, posição do corpo, percentual de imersão e variação individual.
E o “AN”? Em breve... Abraços aquáticos
KLAR, A; LIMA, W. Atividades Aquáticas, pedagogia Universitária, vol.4 2a ed. Literativa, São Paulo, 2005.