Na
postagem anterior falei sobre o T30 e citei os termos “A1” “A2”... Alguns me
escreveram solicitando mais informações, pois assim como no T30 também tinham
dúvidas do que realmente significavam estes termos. Obs: as dúvidas em sua
maioria não partiram dos profissionais e sim dos alunos e atletas de natação,
ou seja, nós treinadores devemos estar atentos ao que falamos! Se o
aluno/atleta não entende o que estamos falando, a tal padronização de
nomenclaturas e termos vai por água abaixo no que diz respeito ao controle da
intensidade e, por conseguinte piores resultados no treinamento.
A
ideia surgiu a partir de técnicos da CBDA no intuito de padronizar a
nomenclatura para unificar a linguagem nos encontros profissionais, congressos
e treinamentos. O “A” representa o sistema aeróbio (ou aeróbico...rs...isso é
outra discussão) e “AN” anaeróbio.
A0
seria oxidativo, intensidade baixa, utilizado no aquecimento, volta à calma (regenerativo).
A1
seria oxidativo, intensidade baixa e com objetivo de manutenção, também pode
ser utilizado no aquecimento.
A2
seria oxidativo, intensidade média e com objetivo de aquisição de resistência.
(alguns autores indicam esta intensidade (velocidade) como o limiar anaeróbio.
A3
seria misto (oxidativo/glicolítico), intensidade alta e com objetivo de
potência aeróbia.
Analisando
o supracitado dá para perceber que ainda sim podemos correr o risco de estarmos
trabalhando no escuro, ou seja, voltamos a falar dos não palpáveis percentuais.
Para não correr este risco, basta associar os resultados com algum teste
(velocidade crítica, T400, T30 etc...), onde o tempo atingido para cada 100
metros fica próximo do A2, ou seja, o atleta saberá em qual tempo fazer.
Há
também os que sugerem uma associação com valores de Fc para cada faixa, mas
particularmente não sou a favor, uma vez que a resposta fisiológica da imersão
promove uma redução da Fc em comparação com o ambiente terrestre e esta
variação depende de uma série de fatores: temperatura da água, posição do
corpo, percentual de imersão e variação individual.
E o
“AN”? Em breve... Abraços aquáticos
KLAR,
A; LIMA, W. Atividades Aquáticas, pedagogia Universitária, vol.4 2a
ed. Literativa, São Paulo, 2005.